Vício e versa

Todo Círculo é vicioso e todo vício é circular.
Num círculo o ponto de partida é o mesmo ponto de chegada.
Num vício você não sabe onde começou e aonde vai terminar.
E vícios, como círculos são perfeitos. Sem arestas sem cantos, sem retas, sem lugar para se esconder. Na sua perfeição o círculo é eterno.
Uma ida sem volta. Uma entrada de cabeça, um pecado contra a razão.
Só os vícios são autênticos, só os vícios são verdadeiros, a mentira é quadrada, limitada, tem começo, meio e fim.
A verdade é sempre circular. Tão simples e ao mesmo tempo tempo tão incompreensível. Como uma bola, como um feto que se fecha.
E o ciclo da natureza vive seu vício, de ser e voltar a ser.
Dizendo sempre ao sim, e não ao nunca. 
E assim na natureza como na moda, nada se cria, tudo se transforma: ar vira água, água vira terra, terra vira madeira, madeira vira fogo, fogo vira ar, roupa faz menina... Anjo vira diabo, diabo vira mulher, e assim por diante.
Virando o avesso do avesso do avesso do avesso e Vício e versa!

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