Falou demais
Lao-Tsé viveu na China cerca de dois mil e quinhentos anos atrás. Todas as manhãs ele saia para dar um passeio na companhia de um de seus amigos. Quando o amigo chegava, dava bom dia a Lao-Tsé e, só depois de cerca de meia hora, Lao-Tsé respondia. Era só o que diziam, só essas duas saudações. Depois de caminhar pelas montanhas por umas duas horas e meia, eles voltavam para casa.
Um dia, um visitante acompanhou o amigo e os três foram fazer a caminhada matinal. No caminho, o visitante exclamou:
- Mas que manhã deliciosa! Que estação mais linda!
Os outros dois permaneceram calados. O visitante também permanecru em silêncio após essa obsrvação.
Mais tarde, eles voltaram para casa. Assim que chegaram, Lao-Tsé sussurrou no ouvido do amigo:
- Amamhã, por favor, não venha com esse amigo. Ele fala demais! Todos podiamos ver que a manhã estava deliciosa. Que necessidade tinha de dizer isso em voz alta? Não era necessário. Todos estavamos observando a beleza da manhã. Para que dizer isso em voz alta? Por favor, não leve mais esse amigo tagarela com você.
Desconheço o autor
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