Os três Porquinhos

Certo dia, dona Porca aconselhou seus três filhotes a morarem longe dali, para não serem pegos pelo malvado Lobo. Caminhando e cantando alegremente, os três irmãos resolveram sair pela floresta, em busca de um lugar mais seguro para construírem suas casas.

O porquinho mais novo encontrou palhas pelo caminho e resolveu construir a casa ali mesmo. 

O irmão do meio viu um homem distribuindo pedaços de madeira e logo teve uma ideia.

-Vou fazer minha casa de madeira para poder me dedicar mais a música.

O terceiro e mais velho dos irmãos era mais cuidadoso e demorou um pouco até escolher como e onde morar. Assim que encontrou uma solução, exclamou:

-Quero uma casa segura, por isso vou fazê-la com tijolos. 

Desse modo, trabalhou dias e dias na construção de sua casinha.

Alguns meses se passaram até que um Lobo, que vivia morto de fome, se mudou para aquela região.

De repente, o Lobo avistou uma casinha de palha, de onde vinha um cheiro de porco fresquinho.

-Porquinho, porquinho! Abra a porta, se não eu derrubo a sua casa!

-Entrar na casa nem pensar. Vá embora, seu Lobo, que a porta eu não abro.

O Lobo, então, estufou o peito e soprou bem forte. Lá se foi a casinha, e também o pobre porquinho pelos ares.

O porquinho fugiu bem depressa para casa de madeira do seu irmão e avisou-lhe do perigo. Então, o Lobo pensou: "Oba! Em vez de um, terei dois porquinhos para comer!"

-Abram logo a porta, seus porquinhos. Senão eu derrubo a sua casa!

Tremendo de medo, eles responderam:

-Entrar na casa nem pensar, não abriremos, seu Lobo, pode ir embora.

O Lobo novamente estufou o peito e soprou bem forte. Lá se foi a casa de madeira pelos ares. Os dois irmãos correram com o vento para a casa de tijolos e gritaram apavorados:

-Irmão, abra depressa a porta, o Lobo está querendo nos pegar!

O porquinho mais velho abriu a porta, deixou os dois entrarem.

Minutos depois, o Lobo chegou todo feliz, pois agora eram três porquinhos para comer, e se pôs a gritar:

-Abram logo esta porta! vocês já sabem do que sou capaz.

-Entrar na casa nem pensar, não e não, seu Lobo! Na minha casinha não o deixarei entrar - responderam os porquinhos.

O Lobo estufou o peito com bastante ar e soprou bem forte. Mas a casa não saiu do lugar. Outra vez, encheu o peito e soprou... porém, nada de a casa ir pelos ares!

Cheio de raiva, o Lobo tentou entrar na casa de várias maneiras, sem nada dar certo. Então resolveu descansar um pouco e bolar outro plano.

Decidiu subir no telhado e descer pela chaminé. Porém, não contava com a esperteza dos porquinhos.

O Lobo foi descendo pela chaminé e... Tibum! Caiu dentro de um caldeirão de água fervente!

Dizem que o Lobo saiu de lá correndo, todo sapecado, não querendo mais ouvir falar dos três porquinhos.

 

Joseph Jacobs